quinta-feira, abril 30, 2009

Saia um post p'ró X. e uma minis, ó fáxavor!

photo by Ricardo Ribeiro @ olhares.com
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- Eu alinho!

- Eu também alinho!

- Eu a apanhar ondas...

- E eu a apanhar sol... sempre é mais fácil do que apanhar ondas.

- Viver é fixe, não é?

- Ó, s'é...

terça-feira, abril 28, 2009

um jantar, uma fábula

ESPAÇO FÁBULAS
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são as vantagens de ser ainda forasteira. há muito a descobrir e, felizmente, muito de bom. este foi mais um espaço-surpresa. diria, como sempre, que pretendo lá voltar, mas ainda me falta descobrir tanto que... lá voltarei, a seu tempo. mas recomendo, sem hesitar.

segunda-feira, abril 27, 2009

é por isso...

photo by lúcia letra @ olhares.com
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Há coisas que não mudam, que sempre fazem falta, que deixam saudades, que marcam e ficam, ou partem mas voltam. Há coisas de sempre, coisas para sempre, coisas para a vida. Coisas minhas, coisas nossas, intransmissíveis ou partilhadas, mas constantes. É assim que gosto das pessoas que passam por mim... como coisas dessas. É por isso que gosto do tempo que gasto com elas... porque o merecem. É por isso que valem a pena... porque se tornam importantes.

Tardávamos diante das palavras, como se os olhos fossem cegar sobre as páginas que não acabávamos de ler, só para fazer durar o engano, o livro, o tempo de todas as leituras. Guardávamos silêncio à cabeceira. E cruzávamos de noite os dedos à procura da luz que emanasse de um seio, da onda do cabelo sobre a orelha, dos ombros, da cintura, do começo dos lábios. Normalmente, achávamos apenas a sombra da roupa na curva dos joelhos, a penumbra entre os nossos corpos quietos e deitados.

É nas linhas das mãos que os deuses escrevem os mais belos romances. Nas nossas, porém, somente elaboraram um divertimento, um esboço, um rascunho, nem sequer literatura.

- Maria do Rosário Pedreira -

sexta-feira, abril 24, 2009

[private]


sexo, sexo e mais sexo...
muito se diz, e pouco se faz!

Porque as quintas-feiras sempre foram óptimos dias para sair (seja na capital ou na invicta), estar com amigos - recentes, mas bons - e partilhar um belo sushi, muito vinho, whisky e Red Bull (este último para disfarçar), agradecer mas recusar a boleia - ou reconhecimento do terreno - do dono simpático (mas não-giro) do bar cujo nome já nem sei (mas onde quero voltar), rir como uma maluca ao dar voltas e voltas para evitar operações stop no regresso a casa, tentar dormir uma ou das horas e acordar fresca como uma alface para mais um dia de verdadeiro marasmo laboral.


Conversas secretas que morrem entre nós, porque são deliciosamente vergonhosas.

No fim de tudo, perceber que, depois dos 30, estamos no nosso melhor!

segunda-feira, abril 13, 2009

Como odeio banalidades!

Eu, que sou mais banal e vulgar que a mais banal das mulheres. Eu, que sou tão comum que nem preciso olhar-me ao espelho, igual que sou a tantas outras mulheres com que me cruzo e das quais não me distingo. Eu odeio a banalidade! Odeio as frases feitas de quem pergunta: Olá, como está?, e nem quer saber. Odeio os bons dias, as boas tardes, as boas noites, ditos sem pensar, ou a pensar em coisa nenhuma, ou a pensar noutra coisa qualquer que não o desejo que o dia, a tarde ou a noite nos corram bem e sejam bons. Eu odeio frases feitas! Odeio as vizinhas à janela, as amigas e amigos nos cafés, nos bares, nos autocarros, com vidas tão fúteis e pequeninas que dissecam as dos outros, que cortam a casaca dos melhores amigos pedaço a pedaço, achando que os amigos são os melhores amigos, e nunca cortariam as deles. Mas cortam! E são más-línguas, maus carácteres, sem carácter! Eu odeio vizinhas a bisbilhotar à janela! E as pessoas que passam? E a multidão anónima que percorre as ruas em zig-zag, evitando pedintes e mãos que se estendem? E que colam a mala ao corpo, achando que ser pobre é ser ladrão. E se aconchegam na roupa comprada na Zara ou nos mercados de rua, mas muito sua! E que são caridosos, piedosos, apiedados, compreensivos com a desgraça alheia se não tiverem de dar um cêntimo e a caridade for só da boca para fora! Eu odeio a caridade hipócrita da multidão! E os gajos? Os gajos mesmo gajos! Os gajos na verdadeira acepção da palavra! Os que se sentam em esplanadas ou se encostam em montras, esperando as mulheres, as deles, e discretos apreciam pernas e cus das outras, as que passam. E lambem os beiços e coçam os tomates e pensam ou dizem: Esta gaja é muita boa! Como odeio a frase "esta gaja é muita boa", dita por gajos que em casa têm mulheres que nem olham. E às quais nem falam. E que na cama despacham sexo e mulher, despejando o desejo das gajas boas que comeram com os olhos, na rua. Ah! Como eu odeio estes gajos! E as gajas? As santinhas, as púdicas, as que têm sempre na ponta da língua um: Ai credo, um julgamento, uma condenação. As que são contra o aborto, contra a pílula, contra a educação sexual, contra tudo que seja sexo! Escrito, pintado, feito ou falado. E quando têm "maus pensamentos" correm às sacristias: Sr. Padre, sonhei que estava a fazer sexo oral, confessam. Como se sexo oral fosse um pecado capital, esquecendo que só o peixe morre pela boca. E lavam as mãos nas pias, e cumprem todas as penitências, mas falam do sexo da vizinha que é uma descarada. E são donas de verdades absolutas. E nunca têm dúvidas. E só dizem… B a n a l i d a d e s! Ah! Como odeio falsas santinhas e ratas de sacristia! E eu? Eu que sou banal, normal, vulgar, mas odeio a vulgaridade. Eu que mando à merda quem me chateia. Eu que escrevo asneiras se me dá na gana, e que para um sacana sou sacana e meia! Eu odeio sacanas! Aqueles de falas mansas e que parecem santos, e que dão a roupa toda e pelos outros ficam em pêlo, mas em casa vão ao pêlo às mulheres, e deixam-nas: negras de pancada, negras de dor, negras de pavor. Ah… Se pudesse dava um tiro nos cornos desses sacanas! E de outros: os abusadores, os ladrões de inocências, os que roubam infâncias e semeiam pesadelos. Esses, castrava-os a todos! Os do passado, do presente e do futuro, já que a justiça não castra senão a esperança de justiça!… Eu, que sou mais banal e vulgar que a mais banal das mulheres. Eu, que por fora ninguém distingue ou olha duas vezes ao passar. Odeio banalidades!

(desconheço o autor)

gosto de Ti

Não é à toa que se gosta e frequenta o Batô. A música é boa (da boa, mesmo!), o espaço é familiar, os empregados idem, yada yada yada...

A caminho, fui informada que o Batô foi vendido 'a um dos gajos do Via Rápida'. Mau! Querem lá ver que a coisa vai mudar (para pior, entenda-se), ao fim de quase 40 anos?! Sim, que o Batô tem quase 4 décadas e sempre foi uma referência a nível musical, na noite portuense. Do nosso ponto de vista, não há discoteca que lhe faça sombra.

Assim que entramos, confirma-se... sentado numa área reservada (bah!), lá estava o mister João Loureiro, com cara de poucos amigos, a escrever num bloquinho de notas - tenho para mim que preparava o alinhamento da sua primeira noite, após tomada de posse. Contudo e, ao que parece - sim, porque mandamos sondar o novo anfitrião - tudo se irá manter ou, pelo menos, a parte que nos interessa, que é o som da casa. Respiramos de alívio e esquecemos (até ver) o abaixo-assinado e o motim que estava já em preparação.

No Batô, estamos entre amigos, estamos em casa. No Batô, o Sr. Ferreira - ainda - carrega 50 copos de uma assentada e impõe respeito. Ah! Pois é! O Batô é a 'discoteca do bairro'. O Batô é daqueles sítios onde podemos - até - ir sozinhos. Há sempre caras conhecidas e companhia não faltará.
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Há até caras amigas, amigas mesmo, do peito e para a vida, que nos fazem ganhar a noite com mimos e boa conversa. No Batô, matam-se saudades que não se sabiam tantas.
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Desta vez foi o Ti que me encontrou...
... gosto muito de Ti! :)
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Photo by Bi ;)

domingo, abril 12, 2009

curtas e parvas, de msn


- Tomamos café amanhã.
- Quando é que casamos?
- Amanhã... café. O casamento pode ser lá para a próxima semana... :P
- Parece-me bem... na próxima semana não tenho nenhum casamento :S
[...]
- Sabes onde é o "Trintaeum"? No Passeio Alegre?
- Não me digas nomes... assim não vou lá.
(um segundo de silêncio)
- Ok... e números? O 31?!
[...]
- Viver em Leça é fixe!!! :D Queres experimentar?
- ???
- Vem viver comigo este fim-de-semana. Vais mudar de idéias. :D
- Não posso! Este fim-de-semana vou viver com os meus Pais...
- E eu? Posso ir viver com os teus Pais? :) Vamos viver para Valença.
- Gostas de campismo? Tenho que perguntar à Roma se não se importa de dividir a relva. :P
[...]
- ... depois ficas com cara de sêmea.
- Oh! B., o que é uma sêmea???
- Oh! É um pão com risca ao meio...
[...]

sábado, abril 11, 2009


19.abril.2009 - casino de lisboa


Perfeito! É assim que te guardo. Perfeito no tempo e no espaço. Havia tudo, nesta perfeita impossibilidade. Perfeito na sua plenitude. É assim que te quero. É assim que vou, sempre, guardar-te. Fechei capítulos de livros gastos. Abri cadernos novos, com sede de lhes encher as páginas de letras desenhadas com uma vontade que havia escapado. Guardo-te ali, no meio de tudo isso, como uma aparente transição, cuja perfeição não se revela.