sexta-feira, março 19, 2010

Lembras-te?!

Lembras-te? Sentava-me nos passeios da baixa, a cantar, e obrigava-te a sentar comigo... e tu sentavas e cantavas. Pedia-te para me leres a "história do dia" que vinha no jornal... e tu inventavas uma história para mim. Ocupava as tuas tardes de fim-de-semana com pistas de carros e comboios espalhadas pela sala... e tu gastavas todo o teu tempo comigo naquelas brincadeiras. Pedia-te para me arrastares de cócoras pela calçada portuguesa das ruas do Porto, e tu levavas-me até onde fosse possível. Vamos atrás das pombas... comer um gelado, andar de bicicleta... E tu estavas sempre lá, sempre comigo!

 
Sei que fizeste e ainda fazes tudo por mim... sempre por mim.
Sinto que sou o centro do teu mundo e tu também és o melhor do meu.
Perdoa-me se às vezes não o demonstro.
 
És o melhor Pai do mundo! Feliz dia!

quarta-feira, março 10, 2010

segunda-feira, março 08, 2010

domingo, março 07, 2010

Estranho como um sorriso de um bisturi. Íntimo como um olho sem pálpebra aberto na nossa mão. Deslumbrante como o rumor da passagem de um unicórnio. Fiel como a súbita seda negra do medo. Temível como o brilho da espada de fogo de um arcanjo. Submisso como as ondas que rebentam contra a praia de um peito. Devastador como a clareza de um olhar num espelho quebrado. Inevitável como a ferida feita pela chuva num coração de pedra, o amor chega um dia á nossa vida e nós não estamos.

[Abelardo Linares]

quinta-feira, março 04, 2010

o carácter do destino


Não só as coisas acontecem com as pessoas, (...) cada um gera também aquilo que acontece consigo. Gera-o, invoca-o, não deixa de escapar àquilo que tem de acontecer. O homem é assim. Fá-lo, mesmo que saiba e sinta logo, desde o primeiro momento, que tudo o que faz é fatal. O homem e o seu destino seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. Não é verdade que o destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmo abrimos, convidando-o a passar. Não há nenhum ser humano que seja bastante forte e inteligente para desviar com palavras ou com acções o destino fatal que advém, segundo leis irrevogáveis, da sua natureza, do seu carácter.

[Sándor Márai | 'As Velas Ardem Até ao Fim']

segunda-feira, março 01, 2010

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É... pele sorrisos beijos abraços cheiro olhos corpos conversas calor rir chorar paz olhares mãos momentos sonhos segurança confiança arrepio feliz ter ser entrega destino dar vontade sentir tempo toque verdade  [...]