terça-feira, março 25, 2008

Pensamento do dia...

Fotografia: JET @ olhares.com
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'Fiquei magoado, não por me teres mentido,
mas por não poder voltar a acreditar-te'
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- Friedrich Nietzsche -

segunda-feira, março 24, 2008

Fotografia: Maria José Amorim @ olhares.com
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A tua ausência é, em cada momento, a tua ausência. Não esqueço que os teus lábios existem longe de mim. Aqui há casas vazias. Há cidades desertas. Há lugares. Mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e tenho tanta pena de perder um instante dos teus cabelos. Aqui não há palavras. Há a tua ausência. Há o medo sem os teus lábios, sem os teus cabelos. Fecho os olhos para te ver e para não chorar.
- José Luís Peixoto -

domingo, março 23, 2008

Que falha imperdoável!!!

São horas de 'Vila Faia' na RTP1...


Alguém me explica como é que a gaja vai buscar a filha e o marido ao aeroporto, acabadinhos de chegar do Brasil, provavelmente carregados de malas...
num BMW Z3???!!!
:p
(ainda bem que eles chegaram antes e foram de táxi...)

sábado, março 22, 2008

Break my arms around the one I love / And be forgiven by the time my lover comes / Break my arms around my love / I don't have any questions / I don't think it's gonna rain / You were right about the end / It didn't make a difference / I'm here to take you now

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Estes senhores também cá vêm, em Maio... :)

sexta-feira, março 21, 2008

Fotografia: Luís Vieira
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sigo descalça. deixo para trás os sapatos velhos, que nunca obedeceram senão à voz do coração. sapatos da alma, que se quer livre, leve e exposta. sapatos gastos de caminhar ao acaso, como cães que te farejam e não te acham. sem eles, sou só eu. o meu caminho, faço-o eu. os calos e bolhas serão marcas das minhas escolhas. deixo para trás os sapatos velhos, enfeitiçados por ti, mágico ou bruxo ou demasiada outra coisa que me prende.

quinta-feira, março 20, 2008


somos tão novos e estamos tão perdidos. o teu silêncio dentro dos gritos das árvores, meu silêncio sobre o entardecer. seria tão feliz se pudesse dizer-te: vem, vamos fugir de mãos dadas, amor.
- josé luís peixoto -

Gerês

Vila de Soajo - P.N.P.G.
desvio para santuário da Senhora da Peneda
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Espigueiros de pedra - Vila de Soajo
... num dia de chuvinha chata e muito tempo livre :)
...do outro lado da Barragem do Lindoso
- S. João de Vila Chã -

quarta-feira, março 19, 2008

Dia do (meu) Pai


És a estrelinha mais brilhante do meu céu!
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... aquela que me guia. Às vezes vem uma nuvem feia e tapa-te por segundos... é quando eu sigo outros caminhos, que tu não recomendas. Deixa lá, que eu volto sempre a ti, se me desoriento. Sou resmungona, chata e teimosa... desculpa. Deve ser por isso que batemos de frente. A Mãe diz que somos iguaizinhos!!! Gosto-te demais, sabes? Deve ser por isso que me irritas tanto... o amor tem destas coisas.

terça-feira, março 18, 2008

Esperta!!!

Hoje cheguei cedo, a meio da tarde. Liguei o laptop e a televisão, para haver ruído de fundo lá em casa, porque é para isso que ela serve... ou para adormecer. Como não tenho TV Cabo, estou limitada aos míseros 4 canais que temos. Assim, um zapping em 5 segundos e acaba por voltar ao mesmo. Foi na SIC, mas a diferença entre os canais são as caras, porque os programas - principalmente à tarde - são a mesma m**** em todos. Ora então, estava o Sr. Nuno Graciano à conversa com uma menina que não tinha mais de 5 ou 6 anos. E passo a citar:
- Tens namorado?
- Não.
- Nem um namoradinho?!
- Não!
- Não gostas de nenhum menino lá da escola?
- Não!
- E há lá algum menino que goste de ti?
- Sim... (com ar indiferente e nariz empinado)
- Mas tu não lhes ligas... (riso contido)
- Só gosto dos mais espertos.
- Dos mais inteligentes?
- Sim.
- E há muitos?
- Nenhum!!!


Não fazia idéia que elas agora já nascem ensinadas!!!

segunda-feira, março 17, 2008

Dasss!!!

Há gajos burros, pá!!!
Dá-me comichões ver estes gajos sem destreza mental, sem espírito crítico, sem raciocínio analítico... mesmo, mesmo, mesmo burros. Pior... chicoteia-me a alma pensar que, um dia, eu possa ter visto ali algo interessante.
Há gajas burras. Xiça!!!
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* Sem meias medidas, sem rodeios nem papas na língua... esta é direitinha para ti. Burro!
Não importa quantos anos passem, nem o que o tempo fez de nós. Há sons, imagens, cheiros que nos transportam a momentos do passado, ou nos trazem pessoas do passado ao presente. Hoje lembrei-me do meu primeiro 'namorado'. Senti-lhe o cheiro nas minhas mãos... um sabonete, um creme, um perfume ou a mistura de tudo isso, sei lá. Mas senti.
Tinha 14 anos e foi, na altura, um sentimento imenso, que me enchia os dias de cor. Nessa idade, mal sabia eu da imensidão de um amor a sério. Ficámos amigos muito tempo, até que a vida se encarregou de nos afastar. Perdi-lhe o rasto, e ele a mim. Sem saudades, mas com carinho, volta e meia lá se falava no C. A última vez que o vi foi na baixa do Porto, há quase 3 anos. Eu a passear a pé, ele de carro... gordo, careca, com uma mulher loura, roliça e sem sal, e dois rebentos iguais à mãe, no banco de trás. 'Estás igual!', diz-me ele. Sorri, agradeci e, infelizmente, não podia retribuir o elogio. Mas o C. era giro quando tinha 17 anos... e hoje senti-lhe o cheiro nas minhas mãos.

domingo, março 16, 2008

just because...

não lhe conheço o/a autor/a... eu trouxe emprestado da storming
Prometo-te que uma noite voltarei, sem bússola, regressarei com o lume do rio a guiar-me, e que os olhos pousarão nos teus olhos este frémito de água. Acredito nas ruas que existem por detrás dos óculos dos marinheiros, onde descansa um barco e tu foges, não acredito em ti. Um fio de água enforca-nos. Foi então que resolveste prosseguir viagem sozinho, com a tua adolescência um pouco ferida. Eu acreditei no fogo e no silêncio que, de manhã lavam os corpos, tornando-os de novo navegáveis. Esperei, ainda te espero. Ando por aí a mariscar com os nativos, escondendo do mundo a tristeza que me devora o corpo.
- Al Berto -

quarta-feira, março 12, 2008

terça-feira, março 11, 2008

Aos meus amigos :)

Com um brilhozinho nos olhos e a saia rodada, escancaraste a porta do bar. Trazias o cabelo aos ombros, passeando de cá para lá, como as ondas do mar. Conheço tão bem esses olhos e nunca me enganam, o que é que aconteceu, diz lá. É que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há. Com um brilhozinho nos olhos metemos o carro muito à frente, muito à frente dos bois... ou seja, fizemos promessas, trocamos retratos, traçamos projectos a dois; trocamos de roupa, trocamos de corpo, trocamos de beijos, tão bom, é tão bom... e com um brilhozinho nos olhos tocamos guitarras, p'lo menos a julgar pelo som. E que é que foi que ele disse? E que é que foi que ele disse? Hoje soube-me a pouco... passa aí mais um bocadinho que estou quase a ficar louco. Hoje soube-me a tanto, portanto... Hoje soube-me a pouco. Com um brilhozinho nos olhos, corremos os estores, pusemos a rádio no "on". Acendemos a já costumeira velinha de igreja, pusemos no "off" o telefone... e olha, não dá p'ra contar, mas sei que tu sabes daquilo que sabes que eu sei; e com um brilhozinho nos olhos, ficamos parados depois do que não te contei. Com um brilhozinho nos olhos, dissemos, sei lá, o que nos passou pela tola, do estilo: és o "number one" / dou-te vinte valores / és um treze no totobola; e às duas por três, bebemos um copo, fizemos o quatro e pintámos o sete, e com um brilhozinho nos olhos ficamos imóveis a dar uma de "tête a tête". E que é que foi que ele disse?... E com um brilhozinho nos olhos, tentamos saber para lá do que muito se amou, quem éramos nós, quem queríamos ser e quais as esperanças que a vida roubou; e olhei-o de longe e mirei-o de perto, que quem não vê caras não vê corações... com um brilhozinho nos olhos, guardei um amigo, que é coisa que vale milhões. E que é que foi que ele disse?...

Sou péssima em 'organização'. Em contrapartida, oriento-me perfeitamente no meu caos. No que diz respeito ao laptop, gravo tudo no ambiente de trabalho, ou arrisco-me a nunca mais encontrar nada. Não uso cópias de segurança, o que, volta e meia, também provoca alguns dissabores.
Ora estava eu a passar meia dúzia de musiquitas para o disco, quando reparo no suposto tempo de espera... maaau! Sou distraída, desarrumada e impaciente... muito impaciente. Mas aqui, faz todo o sentido. Não sei se vou viver o suficiente para conseguir ouvir as músicas. Xiça! 13.189 dias e 22 horas???!!!

segunda-feira, março 10, 2008

Memorável

1989. The Cure vêm a Alvalade. Com 14 anos feitos há 2 dias, e o Sr. Meu Pai entende que: nem pensar em deixar a 'miúda' ir sozinha para Lisboa, para um concerto daqueles despenteados barulhentos que só atraem espécimes estranhos e complicados.
Fico, francamente, zangada e traumatizada... sempre gostei de muitas bandas, mas The Cure foi A PAIXÃO, desde que defini os meus padrões musicais.
Cresci, e a paixão foi acalmando, desvanecendo, desbotando... dando lugar a um sentimento bom, que me faz manter, 'ad eternum', os The Cure como a banda de eleição, mas já não me descabelava por eles. Entretanto, eles voltam umas vezes, para festivais. E eu não vou a festivais. Mas parece que eles querem muito ser vistos por mim... e voltam agora.
Não podia deixar de ir, porque me arrependeria, concerteza, pensei eu. Mas confesso que também pensei que eles estavam 'acabados' e sairia de lá a pensar que os The Cure foram a melhor banda... no seu tempo. Que mentira tão grande!!!
Foi o melhor concerto da minha vida. Reacendeu-se a paixão. A letra das músicas continuava presente nas gavetas da memória. O coração aperta assim que entram em palco. Dá-se um nó na garganta com a reacção do público a alguns temas. As dores nas pernas e pés...
Aquele Senhor merece todo o respeito e admiração. Não tenho palavras para a noite de ontem... simplesmente, indescritível. Um grande bem haja!
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Blitz - Reportagem e fotos do concerto

Boas fotos também aqui, no Bom Jardim...


Como disse Robert Smith, no final... 'Thank you. See you again'... see you!

sexta-feira, março 07, 2008

Fotografia: Kazuo Okubo @ olhares. com
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"Chegaste. Eu não te esperava. Contigo trouxeste a ternura, o desejo e, mais tarde, o medo. Chegaste e eu não conhecia essa ternura, esse desejo. Em casa, no meu quarto, neste quarto, revi os teus olhos na memória, a ternura, o desejo. E, depois, aquilo que eu sabia, o medo. E passou tempo. Eu e tu sentimos esse tempo a passar mas, quando nos encontrámos de novo, soubemos que não nos tínhamos separado."
- José Luis Peixoto -

terça-feira, março 04, 2008

Estrela da tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos, tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia.

- Ary dos Santos -