Simpático, bem disposto, educado... e a única coisa que queria era dois dedos de conversa... e uma moedinha... e um cigarro... e lume... e saber de que clube somos... e que lhe tirassem uma fotografia! Et voilá!!!
terça-feira, julho 31, 2007
Um pouco de "tudo o que temos cá dentro"
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"... Como vês, estás sempre presente. É como a ligação entre nós, que receei nos continuasse a prender. Volto a ver-te, e no fundo espero cada dia. (...) Despertaste qualquer coisa em mim, tens de criar o que é teu! Pensei há pouco tornar a ver-te. Talvez não. Não sou capaz de dizer o que deveria confessar-te: é que estou contigo sem te tocar, desde sempre e até ao fim."
"... Ando à tua procura, será que te encontro? Estou aqui. Sou diferente, a minha pele mudou mas conserva o teu cheiro (...) não te esqueço. Será que me recordas ? (...) Ou deixaste mergulhar tudo no silêncio da tua partida? (...) Ficou um fio da nossa vida na tua memória ?"
- Daniel Sampaio -
domingo, julho 29, 2007
Manual de Instruções
Chega de mansinho, mas de forma a que eu te sinta a presença. Não grites... aposto que consigo gritar-te ainda mais alto. Sou bem disposta, mas espera que seja a primeira a falar, pela manhã. Toca-me, toca-me muito e diz que sou a mais bonita do mundo... adoro quando mentes. Tenho a minha vida e gosto dela; faz-me rir, sentir saudades... mas não me faças perder tempo. Acredita no que digo; custa-me mentir e, se o fizer, terei concerteza uma razão mais forte. Respeita o meu riso e o meu choro. Se precisar, dá-me espaço até que te chame de volta. Não aceites todas as minhas respostas nem faças tudo o que te peço, porque irei achar que és demasiado fraco. Quero-te mais forte do que eu e com vontade própria, sem contudo descurar a minha própria vontade. Mima-me! Não me trates como uma criança nem queiras que te trate assim... arranja um meio-termo, já que eu não sei o que isso é. Tens que gostar de música e de sexo, de filmes não-comerciais, de uma boa conversa e até de uma boa discussão. Detesto banalidades, excepto compras... e tens de vir comigo. Confia em mim ao ponto de me emprestares o teu carro, mesmo sabendo que sou distraída. Quero-te vivo e diariamente reinventado. Se não conseguires nada disto... basta que gostes de mim ao ponto de me fazer gostar de ti, na mesma medida!
quarta-feira, julho 25, 2007
segunda-feira, julho 23, 2007
terça-feira, julho 17, 2007
Um rosto
"Apenas uma coisa inteiramente transparente: o céu, e por baixo dele a linha obscura do horizonte nos teus olhos, que pude ver ainda através de pálpebras semicerradas, pestanas húmidas da geada matinal, uma névoa de palavras murmuradas num silêncio de hesitações. Há quanto tempo, tudo isto? Abro o armário onde o tempo antigo se enche de bolor e fungos; limpo os papéis, cartas que talvez nunca tenha lido até ao fim, fotografias cuja cor desaparece, substituindo os corpos por manchas vagas como aparições; e sinto, eu próprio, que uma parte da minha vida se apaga com esses restos."
- Nuno Júdice -
PORTO
do Lat. portu
s. m., lugar onde se embarca ou desembarca
fig., lugar de refúgio ou de descanso; abrigo
fig., lugar de refúgio ou de descanso; abrigo
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Podia ser um poema... um quadro... uma música...
sábado, julho 14, 2007
Eu em Pessoa
Às páginas tantas, cá me vou encontrando nas suas palavras. Não teria o mesmo jeito para um relato tão autêntico do que se passa em mim mesma. O grande Pessoa consegue a descrição exacta do que sou e do que sinto, de uma forma assustadora que me agrada. Não consigo dissociar o gosto do risco que lhe está implícito, e deambulo nestes pensamentos vezes sem fim... gosto de jogos e acompanhas-me ao mesmo nível. "Estímulo" começa a ser uma palavra recorrente. Precisava de um estímulo... A minha vida precisava de um estímulo... Estimulas-me! Estimulo-te?
"A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa desencaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir. (...) Correr riscos reais, além de me apavorar, não é por medo que eu sinta excessivamente - perturba-me a perfeita atenção às minhas sensações, o que me incomoda e despersonaliza. (...) E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou. (...) Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter."
Fernando Pessoa - Livro do desassossego
"A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa desencaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir. (...) Correr riscos reais, além de me apavorar, não é por medo que eu sinta excessivamente - perturba-me a perfeita atenção às minhas sensações, o que me incomoda e despersonaliza. (...) E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou. (...) Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter."
Fernando Pessoa - Livro do desassossego
O desassossego não é uma escolha.
domingo, julho 08, 2007
The time is now
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
- Fernando Pessoa -
sexta-feira, julho 06, 2007
... ou então não é nada!
(...)
No jogo da vida, as derrotas deixam marcas, as feridas fazem mesmo doer, muitas vezes não recuperamos aquilo que perdemos. Estamos ancorados à realidade e, por isso, para nos divertirmos, para nos sentirmos como aventureiros no meio de tudo isto, temos necessidade de coragem. E de não calarmos aquilo que dentro de nós nos chama a um sonho, clama por aventura, pede para fazermos com a vida qualquer coisa que seja grande.
Poderíamos dar ouvidos ao medíocre que quer instalar-se em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho. Mas "evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada". Quem disse isto foi Helen Keller, a menina cega, surda e muda que veio a ser pedagoga e escritora.
Poderíamos dar ouvidos ao medíocre que quer instalar-se em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho. Mas "evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada". Quem disse isto foi Helen Keller, a menina cega, surda e muda que veio a ser pedagoga e escritora.
A mediocridade tira toda a graça e todo o sal ao tempo que passamos aqui.
- Paulo Geraldo -
quarta-feira, julho 04, 2007
Benvindo!
A notícia chegou ontem, ao final da tarde... há muito que não acontecia, na nossa família. Começam os preparativos para receber esta lufada de ar fresco, com muita vontade. A mim, apraz-me particularmente a parte das compras, como era de esperar :)
Acho que vais gostar desta família. Não é muito normal, mas é das boas, garanto.
Sê muito benvindo!
segunda-feira, julho 02, 2007
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