Mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, Mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, Mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: Mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, Mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, Mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, Mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, Mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: Mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, Mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, Mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
4 comentários:
Lindo de morrer, minha linda!
Um beijo
:)
beijo vagabundo
:)
é sempre bom voltar a estes Espaços Perdidos!
Estive a reler um dos desafios que me fizeste - o das 12 palavras e sabes uma coisa...
Tenho saudades dos teus desafios!
Beijinhos
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