domingo, junho 14, 2009

'carpe diem' vs 'quem tudo quer...'


É uma opinião pessoal, é certo! Mas é a minha, e as opiniões são como os cus... cada um tem o seu. Diverge no facto de cada um poder expressar a sua opinião mas não poder mostrar o seu cu publicamente, mas isso é só um aparte e para o caso não interessa nada. E, na minha modesta opinião – pessoal, repito – os relacionamentos actuais são pobres. Sim, pobres! 

É tal a fobia de ficar sozinho, que a maioria se atira para os braços – e lençóis e tudituditudo – do primeiro que aparece... É tal a pressa de viver, que nem se dão ao trabalho de criar bases sustentáveis para a coisa... É tal o desespero, que isto se torna uma verdadeira gincana que mais parece a dança das cadeiras, onde vão saltando de umas para as outras, com medo de perder o lugar e ficar de pé. Pior... além de ficar de pé, ditam as regras que se abandona o jogo.

Para contrariar esta minha teoria – surgida a esta hora da madrugada, onde é possível que a minha lucidez esteja já um pouco débil – assalta-me a ideia, já popularucha, de que ninguém quer nada sério, actualmente, no que toca a relacionamentos. E pronto, instalou-se-me a dúvida! Será? Tenho para mim que isso é treta. Creio que andam todos à procura do mesmo, mas já não sabem como chegar lá, porque essas coisas não se ensinam. Ah! E tal, a vida é curta e temos que aproveitar e yada yada yada... ok. Mas desconfio que, no fundo (e não é assim tão fundo), todos sonham com o amor para a vida. E a culpa é do stress. No tempo dos nossos pais não havia stress, por isso a culpa é toda dele. Hoje, não há tempo a perder. Hoje, não se percebe a diferença entre ‘perder tempo’ e ‘dispender tempo’. Construir o que quer que seja (que valha a pena), dá trabalho, e hoje tudo se encontra feito. O investimento parece demasiado, para uma geração que está – na minha opinião (que opinativa estou hoje!) pessoal – mal habituada. Ainda não compreendem o valor das coisas que custam a conseguir e, muito menos a satisfação, a sua durabilidade e solidez. Mas, se calhar, eu é que estou a ser lírica, ou estou fora de moda, quando digo (porque acho!) que os relacionamentos actuais são pobres. Muito pobres!


5 comentários:

altaro disse...

quien algo quiere algo le cuesta.
a veces merece la pena esperar...lo bueno se hace esperar.




eu não sei o que quero...

Filipe Pinto disse...

A sua "opinião pessoal", cara mia, é muitíssimo bem vista. E concordo em pleno com a fraqueza de espírito destes tenrinhos namoradeiros.
- Se lhe interessar uma outra opinião, daquelas "pessoais e (in) transmissiveis", passe no Macaquinhos para ler o que o Miguel Esteves Cardoso diz sobre isso, que vale a pena e não se arrepende!

Bijufas

Sendyourlove disse...

Pois é muito verdade... e sinto que me cabe esse chapeu na cabeça :S

Elisabete Ferreira disse...

Lá estás tu... não te pedi já 3 vezes em casamento?
IRRA! que a miúda não sabe o que quer!

Olha vai mas é seguir-me senão corro o risco de ter o único blog no planeta com 0 - ZERO -Óbistes? seguidores! MEXE-ME ESSE traseiro, JÁ!

Paulo Coelho disse...

Quem está casado quer se pirar...quem com muito orgulho sozinho vive, junto quer viver: "Só estou bem, aonde não estou". Vivemos na era em que os papeis tradicionais do homem e mulher estão em mutação profunda, não queremos mais os modelos antigos do casamento-para-sempre, mas queremos o amor! Os modelos de sucesso dizem que temos q ser felizes na medida exacta do anúncio televisivo e do programa de "afectos" com o(s) psicólogos da moda, nem falando eu de hollywood e do romance light.

Verdade é, ser feliz dá mais trabalho do que gostaríamos,temos que fazer concessões e investir tempo em algo que não sabemos se vamos ter retorno....

desculpem o desabafo...