sábado, novembro 29, 2008

Fotografia: Ana Mokarzel @ olhares.com

«Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquele sorriso.»

- Eugénio de Andrade -

É, de facto, delicioso!

Obrigada por me lembrares... quase deixei que se apagasse. :)

Registos





sexta-feira, novembro 28, 2008

Fotografia: Ana Dias @ olhares.com
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Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Aparte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo.
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- Álvaro de Campos -

quinta-feira, novembro 27, 2008

Há gente assim... que vê a vida como uma chiclete
que se prova, mastiga e deita fora, sem demora
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Gente pequenina e que depressa perde a graça,
e yada, yada, yada.
Uma atrás da outra... que canseira!



Eu cá prefiro pessoas 'rebuçados da Régua'... imensas,
que demoram na nossa vida,
com arestas cortantes que, volta e meia, nos incomodam,
que nos cansam porque são intermináveis,
embrulhadas em papel-manteiga, sem rótulos nem marcas,
e que são únicas, porque não há moldes...

... mas que, quando se vão, deixam saudades,
que apetecem 'saber fazer',
que queremos repetir,
porque são deliciosas... até ao fim!

quarta-feira, novembro 26, 2008


Foi tempo de 'falta de tempo'.
De falta de tempo, falta de pachorra, falta do que dizer... foi tempo de mandar tudo às urtigas e fazer o que já devia ter sido feito há muito tempo, e só não foi feito há mais tempo (no seu devido tempo) por preguiça, comodismo, por falta de coragem, de inteligência ou melhor visão. Mas, tudo a seu tempo. Se demorei mais tempo, é porque só tinha que ser feito agora, por muito que eu ache que já estou atrasada.
Haja tempo... e melhor, haja saudinha!!!

Este blog está, de novo, aberto!

Como as minhas mãos, como um livro, como uma janela que deixa entrar a luz ou uma porta à tua espera...

segunda-feira, novembro 03, 2008

Foste o beijo melhor da minha vida, ou talvez o pior... Glória e tormento, contigo à luz subi do firmamento, contigo fui pela infernal descida! Morreste, e o meu desejo não te olvida: queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na boca malferida. Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, batismo e extrema-unção, naquele instante por que, feliz, eu não morri contigo? Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, beijo divino! E anseio delirante, na perpétua saudade de um minuto....

- Olavo Bilac -