segunda-feira, março 17, 2008

Não importa quantos anos passem, nem o que o tempo fez de nós. Há sons, imagens, cheiros que nos transportam a momentos do passado, ou nos trazem pessoas do passado ao presente. Hoje lembrei-me do meu primeiro 'namorado'. Senti-lhe o cheiro nas minhas mãos... um sabonete, um creme, um perfume ou a mistura de tudo isso, sei lá. Mas senti.
Tinha 14 anos e foi, na altura, um sentimento imenso, que me enchia os dias de cor. Nessa idade, mal sabia eu da imensidão de um amor a sério. Ficámos amigos muito tempo, até que a vida se encarregou de nos afastar. Perdi-lhe o rasto, e ele a mim. Sem saudades, mas com carinho, volta e meia lá se falava no C. A última vez que o vi foi na baixa do Porto, há quase 3 anos. Eu a passear a pé, ele de carro... gordo, careca, com uma mulher loura, roliça e sem sal, e dois rebentos iguais à mãe, no banco de trás. 'Estás igual!', diz-me ele. Sorri, agradeci e, infelizmente, não podia retribuir o elogio. Mas o C. era giro quando tinha 17 anos... e hoje senti-lhe o cheiro nas minhas mãos.

3 comentários:

4U2 disse...

Destesto o cheiro a peixe nas mãos...e não, a minha primeira namorada não era uma sereia!
:)

Anónimo disse...

"O tempo não pára, só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo"

*

Anónimo disse...

é tão bom recordar hehehehehe e o tempo passa passa ............