quarta-feira, dezembro 31, 2008

FELIZ 2009

Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura

Onde, com lucidez, te reconheças...
- Miguel Torga -

domingo, dezembro 21, 2008


Porque momentos especiais devem ser partilhados com pessoas especiais, o Natal é uma época para aqueles que amamos, na certeza de que nos são indispensáveis... hoje, e sempre!
Boas Festas

domingo, dezembro 14, 2008

porque o amor não depende

nunca serás tu
ou tu
foste talvez sempre Tu
ainda agora
e aqui no tempo sem tempo
a força é amor e eu sei
que o Amor Absoluto não depende
nem do tempo nem do espaço
porque o amor não depende
o amor É
ou não é ............................................................by Lena d'Água

sábado, dezembro 13, 2008

HAMUT!... muito
Fotografia: Lino Matos @ olhares.com
Parabéns! :)

sexta-feira, dezembro 05, 2008


Há dia, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar.
- Pedro Paixão -
Gosto dos teus olhos, que me arrancam a roupa com desejo. Gosto dessas mãos sedentas que, apressadas, ajudam o olhar. Da boca que impede o corpo nu de arrefecer. Do meu corpo nu, coberto com o teu corpo nu... do toque. Corpos arrepiados de calor.
Sabes-me a hora tardia de uma noite interminável de verão.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

foi a teu lado que parti vidros e gritei e depois adormeci sem saber como, encantado. foi a teu lado, ao teu lado, em teu lado que cresci e aprendi também a ser assim, - pirilampo - aquele que pelo escuro se vai iluminando.

@ Helena & Pedro

explicação da eternidade

devagar, o tempo transforma tudo em tempo. o ódio transforma-se em tempo, o amor transforma-se em tempo, a dor transforma-se em tempo. os assuntos que julgámos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transformam-se devagar em tempo. por si só, o tempo não é nada. a idade de nada é nada. a eternidade não existe. no entanto, a eternidade existe. os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos. os instantes do teu sorriso eram eternos. os instantes do teu corpo de luz eram eternos. foste eterna até ao fim.
- José Luís Peixoto -

terça-feira, dezembro 02, 2008

Querido Pai Natal...

É sabido que, por cá, a preferência vai para malas, sapatos e perfumes... livros e cds são, igualmente, apreciados. Aliás, qualquer embrulho com um belo laço será bem recebido. De qualquer forma, em caso de dúvida, há algumas coisas que, realmente, me fazem falta e, nesse caso, cá ficam umas sugestões para os meus presentes de Natal:








E, por favor... este ano, tenta respeitar a lista, ok?

segunda-feira, dezembro 01, 2008

O maior medo era esquecer-te. Medo que chegasse o dia em que esqueceria o teu sorriso, os teu olhos, o som da tua voz. E o teu cheiro... Medo de não sentir mais nada, porque não me lembraria do calor e força do teu abraço. Medo de não voltar a dormir com a cabeça no teu peito, a achar que o mundo podia acabar naquele momento. O maior medo era esquecer-te... e era também a maior vontade. Agora, é um sim-não que se traduz num 'tanto faz' que me aborrece, porque odeio o que é, sem nunca ser ou ter sido, o morno, o meio-termo aparentemente cómodo que me dá comichões, porque não é nada. Prefiro sentir. Bom e mau. Bom ou mau. Sempre e intensamente. Tudo!

sábado, novembro 29, 2008

Fotografia: Ana Mokarzel @ olhares.com

«Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquele sorriso.»

- Eugénio de Andrade -

É, de facto, delicioso!

Obrigada por me lembrares... quase deixei que se apagasse. :)

Registos





sexta-feira, novembro 28, 2008

Fotografia: Ana Dias @ olhares.com
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Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Aparte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo.
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- Álvaro de Campos -

quinta-feira, novembro 27, 2008

Há gente assim... que vê a vida como uma chiclete
que se prova, mastiga e deita fora, sem demora
.

Gente pequenina e que depressa perde a graça,
e yada, yada, yada.
Uma atrás da outra... que canseira!



Eu cá prefiro pessoas 'rebuçados da Régua'... imensas,
que demoram na nossa vida,
com arestas cortantes que, volta e meia, nos incomodam,
que nos cansam porque são intermináveis,
embrulhadas em papel-manteiga, sem rótulos nem marcas,
e que são únicas, porque não há moldes...

... mas que, quando se vão, deixam saudades,
que apetecem 'saber fazer',
que queremos repetir,
porque são deliciosas... até ao fim!

quarta-feira, novembro 26, 2008


Foi tempo de 'falta de tempo'.
De falta de tempo, falta de pachorra, falta do que dizer... foi tempo de mandar tudo às urtigas e fazer o que já devia ter sido feito há muito tempo, e só não foi feito há mais tempo (no seu devido tempo) por preguiça, comodismo, por falta de coragem, de inteligência ou melhor visão. Mas, tudo a seu tempo. Se demorei mais tempo, é porque só tinha que ser feito agora, por muito que eu ache que já estou atrasada.
Haja tempo... e melhor, haja saudinha!!!

Este blog está, de novo, aberto!

Como as minhas mãos, como um livro, como uma janela que deixa entrar a luz ou uma porta à tua espera...

segunda-feira, novembro 03, 2008

Foste o beijo melhor da minha vida, ou talvez o pior... Glória e tormento, contigo à luz subi do firmamento, contigo fui pela infernal descida! Morreste, e o meu desejo não te olvida: queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na boca malferida. Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, batismo e extrema-unção, naquele instante por que, feliz, eu não morri contigo? Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, beijo divino! E anseio delirante, na perpétua saudade de um minuto....

- Olavo Bilac -

sexta-feira, outubro 17, 2008

Ao acaso... uma bela 'biagem'

Sem contar, demos por nós no 'barco boador'...
Não queríamos mais do que uma mesa com bista para o mar e um bom binho, para pôr a conbersa em dia, ao fim de tanto tempo.
A surpresa assalta-nos, repentinamente! A decoração, a comida, o serbiço. Perfeito! Como se fossemos já 'habitués'... como se fosse a nossa casa. Boltaremos, com toda a certeza do mundo.
Obrigada à Isabel pela forma como nos acolheu e botos de muito, muito sucesso!
Para quem é do norte, recomendo de coração uma biagem neste barco. Para quem é do sul... também!
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A Isabel, a anfitriã perfeita!

sábado, outubro 04, 2008

Fotografia: Airam-Xu @ olhares.com
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Porque faz hoje anos que partiste e, por mais anos que passem, estás sempre aqui, porque a saudade não se apaga. Porque foste importante... muito, demasiado importante. Porque te penso e sinto a cada passo, a cada momento. Mas Ele quis a tua companhia... e sei que tens aí um lugar privilegiado, reservado apenas a alguns. Aos melhores! Tenho saudades tuas. Dos beijos, abraços, mimos, gargalhadas e ralhetes. E, mesmo que nunca o admitisses, sei que estava nos teus 'favoritos'. Hamut! Sempre e para sempre.

Eparamimgostoderelaçõesestreitaseapertadinhascomoumabraçosemespaçosparavírgulasoupontosfinaiseondecaibatudooquefazfaltaporqueoqueimportanuncaocupalugar

quinta-feira, outubro 02, 2008

Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, ridículas. As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas. Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia sem dar por isso cartas de amor ridículas. A verdade é que hoje as minhas memórias dessas cartas de amor é que são ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas, como os sentimentos esdrúxulos, são naturalmente ridículas)
- Álvaro de Campos -

segunda-feira, setembro 29, 2008

A janela fechou-se. Não sei quando voltarei a abri-la. Talvez nunca mais. Não sei...
A cidade cobriu-se de um manto de neblina que não permite ver além dos candeeiros da minha rua. Esquece o rio no horizonte.
Perdi a esperança da tua chegada. Até de notícias tuas. Se tu soubesses como as quis...
Resiste a minha teimosia, que me leva pela vida com sopros leves e a passos pequenos. Mas leva... e isso é a única coisa que importa!
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E a casa já não existe...

sexta-feira, setembro 26, 2008


Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo doeu-me onde antes os teus dedos foram aves de verão e a tua boca deixou um rasto de canções. No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração que era o resto da vida - como um peixe respira na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos, mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.
- Maria do Rosário Pedreira -

quinta-feira, setembro 25, 2008



Hoje, o dia começou bem. Muito bem. Não chove... pelo contrário, está um solinho envergonhado mas agradável. O suficiente para usar os meus óculos novos, mas também para tirar do armário uma peça de roupa mais 'aconchegante'. Ao acordar, o despertador tocava 'I'm your man', do Mr. Cohen (que o meu vizinho fez o favor de repetir enquanto eu estava no chuveiro... e que eu agradeço m u i t o a gentileza!). Consegui sair de casa - tarde, como sempre - sem stressar com r i g o r o s a m e n t e nada!!! Que se lixem as horas, o trânsito e o vizinho resmungão do carro ao lado. Hoje decidi rasgar a cara num sorriso que vou manter até o sol se pôr. Há dias assim... com muito sol! Perfeitos!
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E... perfeito, perfeito... é estar já garantida a presença nos Thievery Corporation e nos Nouvelle Vague!!! :)
Fotografia: Marie-Anne @ olhares.com
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Ser feliz é maravilhoso. É como ter um balão dentro de ti e o balão está cheio de ar quente, tu ficas mais leve e quase a voar. Às vezes sentes-te feliz juntamente com os outros. Quando estiveste longe e houve alguém que esteve à tua espera ou quando uma pessoa diz um segredo que só nós sabemos. Quando sentado quieto junto de outra pessoa compreendes como ambos são amigos. És feliz quando consegues finalmente fazer alguma coisa que devias fazer mas não ousavas. Às vezes podes ser feliz quando estás . Quando a Primavera chega de repente e tu navegas no primeiro barco à vela do ano ou quando caem os primeiros flocos de neve do inverno e tocam docemente a tua cara molhada. Quando começas a pensar em alguém que gosta de ti ou quando um amigo defende o que tu disseste ou fizeste. Mas ficarás mais feliz do que nunca quando tornares feliz outra pessoa. Quando visitares alguém que está sozinho e tiveres tempo para ficar lá muito tempo ou fizeres alguma coisa por alguém que foi duramente magoado. Então o balão sobe redondo de alegria e voa até tocar as mãos de Deus.
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Leif Kristiansson, in 'Ser Feliz' (tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen)

domingo, setembro 14, 2008

nesta cadeira vazia, que um dia foi tua, por umas meias horas. onde pensei que te queria, de novo, sempre, mas já não. neste lugar lindo que me deste, como talvez a tantas outras, mas que é meu, agora. sai! saiam todos. vai embora. chegaste-me... para dizer que, talvez, nunca mais.

domingo, agosto 31, 2008

À Ana... e (agora) à Margarida

Esta foi tirada a pensar em ti, Aninha... porque sei que gostavas de ter lá estado. O dia estava lindo e a vista é soberba. Eu já estava exausta e aproveitei para descansar as perninhas...
Dou-ta! É tua!... mas vamos partilhá-la com a Margarida, 'tá? Fica descansada, que é boa gente. :)
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À Margarida...
Não foi uma cerveja, porque não sou apreciadora. Mas foi uma belíssima ginginha! E sabes...? A tua cidade também é linda! :)

Registos II