sexta-feira, março 16, 2007

Ao sabor do vento...


A esta altura da nossa vida, era suposto estar tudo mais ou menos delineado. Mas não! O emprego certinho, a relação estável, a casa, os amigos de sempre e até filhos, nascidos ou a caminho... nada disso!!!
Tudo incerto, muito ao sabor do vento. Como dizia o Variações, "só estou bem onde não estou, porque eu só quero ir onde não vou".
Enquanto preparava um mudança radical na minha vida e em mim, deu-se uma mudança ainda mais radical em tudo isso, e com a qual eu não contava. O garantido perdeu-se... e eu falhei. Se calhar, a única garantia ali era mesmo a minha vontade, eu é que estava iludida...
Achei que era das situações em que falhariam as forças a qualquer um, mas a mim não falharam. Curiosamente, é nos piores momentos que consigo manter-me mais calma e racional. Sempre foi assim. Dizem que sou fria... não acho. Acho, isso sim, que há situações que nos exigem mais, que requerem sangue-frio para aguentar, sem que tudo se perca definitivamente. Acho, isso sim, que o estalo é tão grande que deixo o coração ao largo. Acho, isso sim, que há muito mais a fazer do que lamentar-me, senão vou arranjar ainda mais motivos de lamento.
Mas quando são minhoquices corriqueiras sim, armo a tenda faço uma tragédia grega. Olarila, se faço!

Neste momento...

Pouco me importa.
Pouco me importa o que?
Não sei: pouco me importa.
-Alberto Caeiro-

4 comentários:

Anónimo disse...

A vida nem sempre é como gostariamos que fosse... e ao sabor do vento também é bom.
por vezes as coisas acontecem porque um ve para um lado e o outro para o outro e estão tão concentrados no seu que nem reparam que erram também e aí considera-se sempre o outro o culpado pois estavamos a fazer aquilo que consideravamos correcto... does it ring a bell?
mad about you. Always!

Anónimo disse...

Caríssima, mesmo quando achamos tudo delineado a vida pode descambar... fala a voz da experiência. GE (do gaja que é gaja). A propósito, como chegaste lá?

SF disse...

... pelo comment ao "pendurado", n'A do dia :)

Caracola disse...

Muitas vezes não sabemos, mas o vento leva-nos onde devemos ir e não sabemos! Afinal é ele que faz a terra germinar e que junta as nuvens para provocar chuva! Aproveita as rajadas e "Carpe Diem"!