domingo, maio 31, 2009

alive and kicking

... existe o verde alface, o verde azeitona, o verde limão...
o vermelho sangue, o vermelho ferrari...
o azul celeste e o azul

PUUUOOOOORTOOO!!!

terça-feira, maio 26, 2009

Os Desgostos de Amor

Não sei quem disse, mas podia bem ter sido eu... ou qualquer outra pessoa, sem barba, claro!
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Acho que todas as mulheres já tiveram os seus desgostos de amor. Daqueles que nos tiram o sono, a fome, a alma, a vida, a vontade. Que nos atiram para um abismo, um túnel sem saída e outras tragédias que de momento (felizmente) não me ocorrem. E os nossos amiguinhos machos? Como funciona um desgosto de amor no masculino? Pode ser igualmente intenso, não demora é tanto. Afinal há jogos todas as semanas e um gajo não pode ficar preso a um desgosto para sempre. Há outras coisas para fazer e para ver. Há outras mulheres a quem dar atenção. Há automóveis novos para conhecer. Enfim, uma infindável panóplia de actividades em que se empenham rapidamente e nem mais se lembram da gaja que lhes partiu o coração na semana anterior. O coração dos homens deve ser de algum material estranho que se reconstrói com a ajuda de imagens desportivas, de gajas despidas ou semi-despidas, carros e afins. Por um jogo, reconstrói-se uma válvula, por uma vitória do clube, reconstói-se uma aurícula, por uma revista de gajas, reconstrói-se um ventrículo e assim sucessivamente. Até que, dependendo da animação, o coração fica novinho em folha num período de tempo que pode oscilar entre um fim-de-semana e uma semana (no máximo). Garantido! Como é que se pode obter um coração desses? A quem é que devemos reclamar? Não me parece nada justo que soframos horrores durante tempos sem fim e que eles se recomponham num instante. As crentes, peçam ao Criador, as não crentes peçam ao Estado. Afinal pagamos impostos para quê? Quero um coração de homem, pronto! Desses tipo Lego...

sábado, maio 23, 2009

Boa viagem, Avó F.


Hoje, acordei com o telefone. Era a minha Mãe. Olhei para as horas e estranhei. Eram cerca das 10h30 e a minha Mãe nunca liga de manhã. Sabe que eu só acordo à tarde e nunca liga de manhã.
- 'Soninha, a Avó morreu...'
Não foi um choque, nem sequer uma notícia inesperada. A minha Avó F. já estava doente há muito tempo e, com franqueza, se esquecermos o nosso egoísmo, há-de ter sido, para ela, um verdadeiro alívio, considerando o sofrimento que se arrastava há tanto.
A minha Avó F. nunca foi uma avó como os meus outros 3 avós. A Avó F. não era assim tão querida pelos netos - e éramos muitos - porque dificilmente vinha dali uma palavra ou um gesto de carinho, de afecto, de compreensão ou simples interesse. Às vezes, a minha avó F. era até mazinha...
A minha Avó F. ficou muito sozinha quando o meu Avô A. morreu. Era o Avô A. que nos puxava àquela casa, naquela terra Minhota. Do Avô A., todos nós gostávamos... muito! Ao contrário da Avó F., o Avô A. tinha um sorriso doce que já fazia parte da cara. O seu sorriso era como uma ruga imensa, irremediavelmente entranhada naquela expressão suave, que nos deliciava. Nunca se zangava. Nunca dizia que não. A Avó F., contrariamente, nunca dizia que sim e nunca estava feliz.
Acho que a minha Avó F. ganhou consciência de tudo isso quando morreu o meu Avô A. e todos ficaram mais ausentes. Com o passar do tempo, percebi que ela já me recebia com carinho. Percebi que gostava que eu a visitasse. Consegui ver a minha avó F. feliz com a minha presença, nas poucas visitas que lhe fiz depois da morte do meu Avô A. Percebi que a minha Avó F. aprendeu muito e já valorizava as pessoas.
Era, contudo, muito tarde. Muito se havia perdido, entretanto. A melhor fase para criar laços fortes com a minha Avó F. já tinha passado. Foi importante perceber que ela mudou, e porquê. Foi importante perdoar e esquecer. Foi importante, porque me permite conseguir chorar, hoje, com a sua morte. É bom sinal. Que dizer que houve coisas boas, mesmo que tardias...

Descansa em paz, Avó F. !

quarta-feira, maio 20, 2009

simplesmente...

A-D-O-R-O
barrigadas de riso, como esta que nos demos hoje...
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[... como tantas que nos damos sempre! h-a-m-u-t :)]


terça-feira, maio 19, 2009

Avô H.



Hoje seria o teu dia. O dia 19 de Março será sempre o teu dia. Sempre, porque nada será, nunca, mais importante do que tu, neste dia ou noutro qualquer. Porque te lembro com saudades. Muitas saudades! Saudades de te ouvir cantar(-me), de brincar contigo, de correr para ti... eu sempre corria para ti. Saudades de te ouvir resmungar pelas partidas que te pregava, que eram muitas. Saudades de te ouvir gritar pelo FCP, dar murros na mesa ao assistir a debates políticos e falar com orgulho dos tempos passados em Angola. Saudades das tuas histórias... Saber que eu era a favorita. Saudades tuas. Pena por não ter tido a oportunidade de te dizer que tu também eras favorito. Mas tu sabes...

Um dia feliz! Estejas onde estiveres...

be wise


don't look at me... I'd rather you look throw
read the signs... there's so much to learn in my silences
it's all there... just open your eyes and free your mind
let your heart flow... life's just started for us
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sexta-feira, maio 08, 2009



Demora-te mais um pouco. Faz frio lá fora e, aqui, o teu sorriso aquece. Fica. É cedo, ainda. A lua está alta e é a única claridade na noite. Deita a cabeça no meu colo e fica até ao cantar do galo. Cobre os meus ombros com a manta de retalhos e fecha os olhos por momentos. Adormece como dantes, com o dedo a enrolar uma mecha do meu cabelo. Amanhã segues viagem. Amanhã bem cedo. Partes enquanto ainda durmo, para que não me despeça. Sem lágrimas. Quando acordar, sentirei o teu cheiro e vou pensar-te com saudade. Saudades de um tempo ido... remoto. Saudades com um sorriso. Um dia, talvez te lembres do postal que te peço, sempre que partes. Um dia, na volta do correio, chegarão notícias tuas. Eu sei! Tu sempre voltas.

a visitar...

A quem já me ouviu falar do Pedrinho e do quadro que ele pintou para mim* (ele é que não acredita que este me vem parar às mãos, mais tarde ou mais cedo, por mais que lho diga), cá fica o convite para a próxima exposição. Estão previstas mais duas, em espaços d-e-l-i-c-i-o-s-o-s: uma no IADE (em Lisboa) e outra na Cooperativa Árvore (no Porto).
Atempadamente, e a menos que o convite venha por sms, cá deixarei mais indicações.
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* o quadro de que falo é o do convite, e podem mandar entregar cá em casa.
A gerência agradece e o artista também (sempre se livra aqui da melga...)

quarta-feira, maio 06, 2009

a propósito de humildade...

Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra.

Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa.

[Josemaria Escrivá]